sábado, 5 de dezembro de 2009

De panetones e pensamentos

Aparício Torelli começa:
"A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas, em geral, enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele".

O romano Catão comenta:
“Os ladrões de bens particulares passam a vida na prisão e acorrentados; aqueles de bens públicos, nas riquezas e nas honrarias”.

Antonio Vieira observa:
“Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência”.

Aparteia Bill Gates:
"O sucesso é um professor perverso. Ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair."

Mas Benjamim Constant volta para o foco:
“Os depositários do poder têm uma disposição desagradável a considerar tudo o que não é eles como uma facção. Eles chegam a incluir às vezes a própria nação nessa categoria”.

La Rochefoulcault reflete:
“Raramente conhecemos uma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco”.

Stanislaw Ponte Preta reforça:
“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”.

Jean-Jacques Rousseau abranda:
“O povo, por ele próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o conhece.”

Georges Clemenceau brada:
“A democracia? Sabem o que é? O poder dos piolhos comerem os leões!”

Napoleão Bonaparte objeta:
“Não tenhais medo do povo. Ele é mais conservador do que vós”.
E acrescenta:
“O erro está nos meios, bem mais que nos princípios”.

Volta Aparício:
"O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato”.

E o Marquês de Maricá acrescenta:
“Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia”.

Roberto Campos, ácido:
“A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro brilhante”.

Maquiavel comenta:
“O primeiro método para estimar a inteligência dos governantes é olhar para os homens que tem à sua volta.”

E Getúlio Vargas:
“No Ministério há homens capazes. O problema é que alguns são capazes de tudo.”

Aparício comenta logo:
“Queres conhecer o Inácio, coloca-o num palácio!”

Giordano Bruno murmura:
“Que ingenuidade, pedir para quem tem o poder para mudar o poder!”

E Aparício, de volta:
“Os vivos são e serão, sempre, governados pelos mais vivos”.

Nelson Rodrigues, amargo:
“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos...”

E Aparício conclui:
“O Brasil é feito por nós. Só falta desatar os nós..."

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